quinta-feira, 30 de abril de 2009

Quanto custa a realidade justa.
Entre tantos que não sabe quantos.
Quando derrapa a razão me inclina a visão em tom arremedado
Eu sigo por aí.
Rasguei meu passado e inverti as tiras.
Colei pesados sentidos.
Remendei mendigos.
Escolaterais, piratas punks radicais.
E o dia ia passando e entrava a noite
E a fome de comer
E a sede de lembrar
Motores cortam solos nos stones
Eu vou brigar pela vida
Paciência e organização
Anoiteceu e os tambores timbraram.
O tempo,
velho contador de histórias.
Vaga insensato nos sonhos,
corre lento e incontrolável na vida.

Encontrei dois sóis no mesmo dia
com duplo calor minha pele ardia
Um sol no céu, outro no rio
O sol do rio por movimentos refletia
com suas marolas se comunicavam
Reflexos mútuos intercalados
Procurando compreender o que ali dizia
e de reflexões os reflexos moviam-se.

Era o sol me confidenciando emoções
chegando até mim tão próximo como a margem do rio
Era um equação que começava assim
Sol + rio = Reflexo do sol no rio
Rio + vento = marolas e sombras do reflexo do sol no rio
Sol + nuvens = eclipses do reflexo solar no rio.
Eu olhava entre pequenos galhos o sol refletido no rio
que marolas com suas ondas, sombras e movimento insistiam na dança.
Procure se encontrar. E com ajuda de todo universo que ele estava ali.
Como dizendo prazer em vê-lo novamente pescando. Viestes até aqui e eu via você imaginando que aqui estaria.
Venha me dizer como recebes a vida dessa tal maneira?
Algo grandioso e complicado com partes de intensa simplicidade,
Quando resíduos de vida se encostar ao céu e de tantas felicidade cataratas
a chorar beijarão teu rosto ao sol.
Acredite que venci o elo eterno da criatividade.
As sequências nos objetivos garantiram o rumo certo, planificado.
O eu dentro do mundo com ação e reação para o sempre.
Meia noite e meia com lugar e amor refletidos
Dispersos em segundos
Tuas falas, resmungos e sussurros
Ausência pesada como os lábios esquecidos
carregam desejos de encontro a tua pele
Por agora motores cortam vozes lá fora
intercalados com latidos humilhados
Sem perfumes e não tenho o que te lembre
fora as falas e sussurros ensurdecentes
Falar pra que? Tu enxergas e não vês.
Amor oriundo de fetiches vagabundos
Esquecimento de eternos momentos
Talvez crês que jamais vou te esquecer
Talvez te enganes como é certo que me ames
Escrevi ao longo da vida
uma maneira de ser incorreta
Com palavras ao vento
fugiam e amontoavam-se
fazendo modestas
opiniões indiferentes
Rosnando para liberdade
que tu detestas