quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O sol abriu seu olho sonolento
puxou seu lençol de nuvens
e seguiu seu sono encoberto.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Um pro outro

A pia a espera do pingo
para torneira olhava
O pingo da torneira espiava
a pia com sede do pingo
O desejo que se cumpria
O tempo que o encorajava
O pulo do pingo pra pia
Mundo lindo pingo e pia
Que da torneira brotava
outro pingo que espiava
a pia com sede do pingo

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Acordando com o passado

O apito da Fábrica de Bebidas me despertava, quando não eram os  Bem-te-vis que moravam no Cinamomo do outro lado da rua. Nesta hora o sol já havia subido e flutuava acima do Cerro do Caqueiro. Encarando de frente a porta da casa.  Ouvia-se também estalos de relho e cascos de cavalo ao trote nos paralelepípedos. Leiteiros ansiosos vindo dos confins dos tempos com entregas atrasadas subindo a rua Conde. O vento querendo arrancar as folhas secas da parreira centenária e todos os sons que envolviam tal batalha. As folhas secas chiando junto ao chão sendo arrastadas pelo vento. Gostava também do barulho das folhas sendo esmagadas pelos sapatos pretos escolares. Não raro meu cachorro me acompanhava algumas quadras na ida pro colégio. Os olhos lacrimejando de sono e frio, a fumaça da expiração. As mãos no bolso a pasta a tira-colo com os livros.
Os colegas que se ia encontrando pelo caminho, quase sempre com poucas falas até a batida da sineta.

sábado, 10 de abril de 2010

Dez de Abril

Hoje foi um dia ótimo, ensolarado e de temperatura amena em Porto Alegre.
Comecei a acordar em suaves prestações, tomei café e desci com o Davi e o mate pra pracinha.
Conversei com amigos e me preparei para fazer minha corrida. Corri 15km em 1h17'14". Fiz uns alongamentos na volta, tomei banho, almocei e tentei dormir novamente sem sucesso. Pois já eram 15:30hs e o Davi estava na maior pilha, como ele mesmo diz: - Estou Chato! Isso acontece quando ele esta com sono e não quer dormir. Peguei o carrinho e saí rumo a Redenção, não demorou muito pra ele cair no sono no balanço do carrinho, caminhei mais de meia hora com sono e com sede e minhas pernas doloridas. Cheguei em casa e a Cíntia com sua barriga de cinco meses me olharam com aquele jeito. Estacionei o carrinho junto a janela e fiquei vendo TV com ela. Não demorou quase nada para mudarmos de interesse. Depois fiz um mate, o Davi tomou banho. Foi quando a Cíntia teve o desejo de comer uma Sopa de Capeletti. Fui no Super comprar os ingredientes e não resisti a tentação de comprar um Castel Pujol Cabernet Sauvignon 2007. Enquanto a Cíntia olhava a novela eu e o Davi nos divertíamos na cozinha. Ele como aprendiz de cozinheiro teve uma aula de como a chuva caí, evaporação, gotículas na tampa da panela. Ampulheta para ver o tempo de cozimento. Conversas sobre o Saci Pererê e como ele gosta de esconder objetos pois ele havia escondido o ralador. Jantamos, a Cíntia foi deitar, o Davi olha Cartoon e me pediu um Tetê. Eu escrevo isto enquanto tento dar um fim no vinho. E foi assim meu sábado, pois falta 3 minutos para acabar e o que pretendo é que o Davi durma para que eu fique zapiando até cair no sono também. Obrigado pelo dia de hoje. Com muito amor Claudio.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Meu pequeno aquário de Scott meus delírios é que nadam dentro, bebi tudo e o mar sedento.
Fluí na escuridão de um Tannat, "eu Tannat zia". Minha dor não dói em sua estrada.
Assim estou aos 37 anos concretos e liquidados. Distância urbana, esquinas e fulanas.
Minha franja voa e não caí. Nas espelhadas luzes que esgrimam as lágrimas que rolam em teu rosto. Pulam as almas de teu corpo. Vinho morto "em dói desço". Luar encolha, foi tua escolha
ligar pra mim. Foi numa noite destas que te vi. A fada verde veio batendo suas luzes de colibri.

sexta-feira, 5 de março de 2010


Com 40 anos descobri o amor de ser pai de um garoto agora quando tiver completado 44 vou provar o amor de ser pai de uma garota. Helena meu amor de pequena.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Me criei em duas Pátrias
Em Sant'Ana e Rivera
prum lado pé pro outro
Sem perder a estribeira

Na linha divisória estendo a lança
Minha vida é esta dança
prum lado pé pro outro
Vou chuleando está fronteira